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by @webmaster

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Em um ambiente de trabalho, a preservação da saúde e da segurança do trabalhador vai muito além de uma norma preestabelecida, é uma questão de vida, para isso o uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), bem como a maneira correta em como manuseá-los e conservá-los, são atitudes necessárias na preservação de ambiente seguro para empresas e trabalhador, para isso o treinamento para o uso dos mesmos se torna muito eficiente.

Quais são os principais tipos de EPIs?

Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são a garantia de segurança para o trabalhador, quando o mesmo estiver exercendo suas funções em seu ambiente de trabalho. As Normas Regulamentadoras orientam os procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e saúde do trabalhador, no caso dos EPIs é a NR-6.

Toda empresa tem por obrigação fornecer gratuitamente os equipamentos de proteção mais adequados para o tipo de risco que o trabalhador corre durante a execução do seu trabalho, estes precisam estar em perfeito estado de conservação e com bom desempenho. As seguintes condições tornam necessário o uso de proteção individual:

  • Quando as medidas de cuidado e proteção da empresa como um todo não oferecem a segurança necessária contra os riscos de acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
  • Para o atendimento de situações de emergência.

Existem equipamentos de proteção próprios para todas as áreas do corpo sujeita aos perigos de agentes ambientais.

  • Proteção da cabeça
  • Proteção das mãos
  • Proteção respiratória
  • Proteção dos olhos e face
  • Proteção dos membros inferiores
  • Proteção dos ouvidos
  • Proteção do corpo
  • Proteção contra quedas
  • Proteção da pele 

Proteção da cabeça

Para proteger a cabeça contra impactos causados por choques mecânicos, quedas ou projeções de objetos, os EPIs recomendados são os capacetes. Eles impedem que ocorram traumatismos, ferimentos e outros tipos de lesões, até mesmo fatais. Esses equipamentos são confeccionados com material sintético resistente ao impacto.

Alguns modelos têm fendas laterais para o acoplamento de acessórios, como lanternas, protetores auditivos e faciais. Eles podem ser de três tipos: com aba frontal, aba total e com viseira. A escolha depende do tipo de atividade exercida pelo trabalhador. Entenda as peculiaridades de cada um deles.

Proteção das mãos

De acordo com dados recentes de órgãos responsáveis pela proteção em ambientes de trabalho, cerca de 35% dos acidentes ocupacionais que são registrados ocorrem com os membros superiores dos trabalhadores, onde 60% desses acontecem entre as mãos e os punhos.

Sendo assim, as mãos são os membros mais importantes na maioria das atividades em um ambiente de trabalho. Muitas funções precisam da dedicação e uso das mãos em tempo integral. Então, qualquer acidente ou eventualidade que impossibilite o uso das suas mãos pode ser muito grave.

Nos acidentes que envolvem as mãos existem duas classificações que devem ser destacadas, sendo elas a lesão traumática e a lesão por contato. As duas são extremamente preocupantes e podem resultar em acidentes graves.

A lesão traumática engloba os cortes, perfurações, fraturas, amputações, prensamentos etc. Já a lesão por contato são as queimaduras, choques ou contato com altas ou baixas temperaturas, bem com produtos químicos.

Portanto, é muito importante sempre investir em formas de trazer uma proteção mais ampla para as mãos, afinal de contas, ela é um instrumento essencial para qualquer atividade. Os riscos de incapacitar o seu uso pode trazer graves consequências para o trabalhador principalmente, mas também para o empregador.

As mãos são o nosso principal instrumento para a execução de diversos trabalhos, então elas devem estar sempre protegidas em alguma situação de risco, considerando o tipo de atividade que o trabalhador executa. Esses riscos são classificados em:

  • riscos mecânicos: como abrasão, corte, perfuração, choque, altas e baixas temperaturas e solda;
  • riscos químicos: como solventes, produtos tóxicos e detergentes;
  • riscos biológicos: como bactérias, fungos, protozoários e vírus.

Para tanto, é utilizado como EPI a luva de segurança. Dependendo do modelo, ela pode proteger tanto a mão como o braço. A escolha entre os diferentes tipos de luvas dependerá da função exercida pelo trabalhador — existe uma variedade de modelos, materiais e acabamentos.

Proteção respiratória

Para proteger as vias aéreas e o aparelho respiratório contra poeira, névoas, gases, vapores orgânicos ou materiais biológicos, os EPIs recomendados são:

  • respiradores purificadores de ar (descartáveis);
  • respiradores de adução de ar (máscaras autônomas);
  • respiradores purificadores de ar semifacial ou facial (com filtro).

Esses respiradores são responsáveis por filtrar os contaminantes externos e, assim, evitar que eles entrem em contato com as vias aéreas. Por isso, são fundamentais para evitar a ocorrência de lesões e contaminações nos pulmões, que podem causar morte ou danos irreversíveis para esses órgãos.

Proteção dos olhos e face

A proteção dos olhos e do rosto contra o risco de impacto mecânico, projeção de partículas, raios ultravioletas, luminosidade intensa e temperaturas elevadas é conferida pelos óculos de segurança, além de protetores faciais e máscaras de solda.

O uso dos óculos é fundamental para trabalhadores de fábricas e indústrias, principalmente entre aqueles que lidam diretamente com o maquinário, visto que as suas peças podem lançar partículas contra os olhos e causar lesões nessas áreas tão sensíveis do corpo.

Existem três modelos principais: o tradicional, o de sobreposição — para funcionários que utilizam óculos de lente graduada — e os de ampla visão. Esse último veda toda a região ao redor dos olhos, por isso, é o mais indicado na proteção contra respingos de substâncias e poeiras tóxicas.

Além disso, as lentes podem ter tonalidades diferentes, de acordo com a característica da função. As incolores e as escuras, por exemplo, são de uso geral e protegem contra a radiação ultravioleta. As verdes são indicadas para condições de luminosidade excessiva, para impedir a fadiga visual. A laranja é ideal para processos de fotopolimerização (comuns em consultórios odontológicos).

Proteção dos membros inferiores

A proteção dos pés e pernas contra animais peçonhentos, torções, escoriações, derrapagens, umidade, objetos cortantes e ação de produtos químicos é conferida por botas, botinas e perneiras de segurança. Esses equipamentos também são encontrados em diferentes modelos e materiais, mas os de couro e os de PVC são os mais comuns.

Os EPIs de proteção dos membros inferiores são essenciais para pessoas que trabalham em áreas florestais, em construções civis, em laboratórios que lidam com produtos químicos corrosivos e, também, por eletricista e soldadores, sujeitos a choques elétricos e queimaduras.

Proteção dos ouvidos

Também é muito importante proteger os nossos ouvidos de sons muito altos, excessivos ou exposição prolongada a barulhos, os EPIs recomendados são os protetores auditivos do tipo concha ou de inserção moldável (plug). Eles ajudam a reduzir os efeitos da incidência sonora nos canais auditivos.

Assim, esses EPIs são utilizados por funcionários que exercem suas funções em equipamentos muito barulhentos — como máquinas industriais, tratores e escavadeiras —, os quais podem prejudicar a audição ou mesmo levar à surdez irreversível.

Proteção do corpo

A proteção do corpo é garantida por meio de vestimentas especiais, tais como: macacões de segurança, uniformes anti-chamas, capas impermeáveis e coletes refletivos. O uso dos diferentes tipos de vestimentas vai depender do risco ao qual o trabalhador está exposto.

Nesse contexto, um eletricista precisa utilizar um uniforme que forneça proteção contra choques elétricos; uma pessoa que entra em uma câmara fria deve usar um macacão que protege contra a umidade e as baixas temperaturas; e um bombeiro utiliza uma vestimenta que o proteja contra as chamas.

Proteção contra quedas

Sempre que o trabalhador executar tarefas em altura acima de dois metros do solo e houver risco de quedas, é imprescindível utilizar um dos seguintes EPIs para sua proteção: cinturão de segurança — tipo abdominal ou paraquedista —, ancoragem, talabarte e trava-quedas.

Proteção da pele

Para proteção da pele contra agentes químicos derivados de petróleo, tintas, colas, cimentos, detergentes, solventes em geral e outros, é recomendável a utilização dos cremes de segurança resistentes à água, óleo ou outras substâncias. O protetor solar não é considerado EPI, mas também é fundamental para proteger a pele dos raios ultravioletas (UVA e UVB).

Quais são as responsabilidades da empresa e do trabalhador com EPIs?

As principais responsabilidades da empresa em relação aos Equipamentos de Proteção Individual são:

  • Fornecer, gratuitamente, EPIs pertinentes e adequados aos riscos da função executada por cada colaborador;
  • Realizar treinamentos contínuos quanto à correta utilização, guarda e conservação dos equipamentos;
  • Promover a higienização, a manutenção e a troca periódica dos EPIs.

Vale lembrar de que os EPIs fornecidos devem estar em perfeito estado de conservação e ter Certificado de Aprovação (CA) expedido por um órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Isso significa que os equipamentos passaram por testes de desempenho e foram aprovados, ou seja, que são eficazes na proteção do trabalhador.

Quanto às responsabilidades do colaborador, cabe a ele utilizar adequadamente o EPI segundo as finalidades a que se destinam, ter responsabilidade sobre a sua guarda e conservação diária e comunicar qualquer anormalidade que identificar no equipamento.

O descumprimento dessas obrigações resulta em consequências legais e financeiras. A empresa pode pagar multas, indenizações ou, até mesmo, ter suas atividades suspensas e a instalação interditada. Já o trabalhador corre o risco de ser demitido por justa causa, caso não utilize os EPIs indicados pelo empregador.

Conhecer os tipos de EPIs, os principais modelos e materiais de sua composição é fundamental para fazer a escolha mais adequada. Todo o processo de fabricação desses produtos é fruto de uma série de estudos acerca dos efeitos nocivos e da melhor forma de contê-los.

Não existe um equipamento que sirva para prevenir qualquer tipo de ameaça, mas sim um mais adequado para cada atividade e fator ambiental de risco.

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